24 de agosto de 2012

Sonhei que me escondia e, em um certo momento, alguém me encontrava e me abraçava pela cintura, enquanto me puxava pra perto dele. Eu apoiava os braços tentando me soltar, mas ele me falava coisas que me faziam rir, pedia pra que eu olhasse em seus olhos... Mas eu não via seu rosto. Eu ria e me sentia bem, me sentia feliz, segura como a algum tempo não me sinto mais. E por fim eu o beijava. E era bom.
Acordei e me vi de novo na situação que me encontro, nada leve, nada feliz, nada segura.
Talvez esse homem do meu sonho, o qual eu nem sequer vi o rosto, era a felicidade. Talvez ela esteja tentando me tirar daqui, me pegando a força, querendo se mostrar pra mim e eu não deixo: assim como no sonho tento me livrar e permanecer escondida como estou.
Estou perdida e cansada...


14 de agosto de 2012

Eu queria alguém que me abraçasse, que me fizesse sentir segura e querida durante uma crise de TPM.
Alguém que gostasse de mim um tanto quanto alta das cervejas bebidas, que risse das minhas gracinhas sem graça, que entendesse meu choro sem sentido, que compreendesse os pequenos sacrifícios pra estar com ele. 

Que se sentisse orgulhoso de ter uma pessoa como eu ao seu lado, por apoiá-lo mesmo quando eu sei (e sabia) que ia ser ruim pro "nós" entre a gente, mas maravilhoso pra ele.
Alguém que não usasse o que eu sinto a seu favor somente quando fosse (ou quando é) necessário.
Que respeitasse o que existe (ou existia, não sei mais...).

23 de julho de 2012

Eu queria uma vida mais simples, sem tantos "SE's".
Ou talvez queria uma vida mais complicada, cheia de escolhas diferentes, com muito mais "SE's".

Essa de agora só me dá duas opções. Bem mixurucas, de fato.
E aí eu vou colocando minha vontade de mudar na cor do cabelo, nos batons diferentes... Ninguém entende, mas tudo é reflexo da minha vontade de mudar, radicalmente, de preferência.
Não me entendo... Ando, ando e sempre chego nesse mesmo lugar de tempos em tempos. É uma dúvida cruel, uma vontade que quase sufoca e mata.
Vontade que fala pra eu jogar tudo pra cima e deixar cair onde for. Sair correndo dos lugares comuns que estão aqui, a minha volta.
Mandar um PQP bem grande pra tantas coisas e gargalhar feito louca. Pegar um avião e ir pra Índia, me encontrar espiritualmente. Não é isso que as pessoas fazem?

8 de fevereiro de 2012

Eu vou deixar sangrar.
Eu vou fazer os cortes mais profundos e vou deixar arder.
Eu quero que doa. Muito. Até onde a dor me deixe cega, me deixe amarga, me deixe fria, me deixe dura.
Eu vou chorar todas as lágrimas que houverem, todas que ainda existiam e que eu deixei guardadas.
Eu quero sofrer tudo até não restar mais nada.
Quero reviver todas as lembranças boas até que elas fiquem gastas e se desfaçam.
Eu quero esquecer, mas não sem antes me lembrar de tudo e sofrer com cada lembrança.

http://www.youtube.com/watch?v=RDRwqTNLGDs&ob=av2n

21 de outubro de 2011

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Não tem como lutar contra isso.
Eu tento, mas em cada canto pra onde eu olho eu vejo nós dois... A televisão ligada não prende um minuto da minha atenção, porque na minha cabeça estamos nus... Língua, suor, pele.
E eu tento não ficar pensando, mas o desejo é muito maior.
Se eu fechar os olhos agora, você está sobre mim e eu me agarro ao seu corpo num movimento tão conhecido, tão fácil, mas que muda de intensidade violentamente. E posso me ver jogando a cabeça pra trás, de olhos fechados, mas relutando em ficar assim só pra que eu possa ver seu rosto: também de olhos fechados, lábios separados por um gemido...
No chão você está deitado enquanto eu te prendo em mim. Beijo sua boca, seu pescoço, seu peito... E você faz o mesmo comigo.
Mas eu tento não pensar.
Desligo a tv, vou tomar um banho, mas não resolve.

Agora você está no chuveiro comigo, me beijando, me prendendo num pequeno espaço entre a parede e os seus braços para que eu tenha somente um lugar pra onde ir... Pra você. E você dentro de mim.

Penso que só agora aprendi a diferenciar tesão e desejo.
Meu tesão eu mato sozinha ou com um outro cara.

Mas esse desejo tem seu nome, tem seu gosto.
E ele não passa.

20 de outubro de 2011

E o que fica

Basta ele aparecer, por vontade própria, com uma conversa amiga pra sua vida girar.
Entre tantas personalidades dele, essa é a que você conheceu, essa é a que você ainda ama.
E entre amenidades e a amizade fingida, pelo menos da sua parte (sim, porque o que você sente não é só isso...) você fica achando pistas em frases soltas de que ele ainda a ama e de que essa aproximação não foi tão casual assim.

Talvez você esteja se enganando e essa situação é a mais provável, porque você mesma já se enganou e se iludiu muitas outras vezes por ele. Quem sabe você não seja só um escape pra ele, alguém que ele sabe que vai ouví-lo e que se sujeita a determinadas coisas...
Você não perdeu a capacidade de se apaixonar, mas o mais incrível é que você se apaixona, muitas vezes, sempre pela mesma pessoa.

9 de setembro de 2011

Livre Arbítrio

Eu queria ter escolha.
Mas alguma coisa me tirou o poder de decisão, de dizer não, de não querer.
Se o amor mata mesmo, eu devo estar agonizando, então. Minha vida tem sido assim: uma festa constante, mas talvez seja só uma celebração fúnebre.
Eu queria encontrar uma forma, um jeito de acabar com isso; essa dor que eu acreditei ter passado, voltou. Voltou junto com ele. E a dor de tê-lo tão perto (como a um bom tempo não esteve) e tão longe...
Meu Deus, existe uma solução?
Quantos outros já passaram na minha vida nesses meses: mais carinhosos, mais compreensivos, mais engraçados. E por quê ele? Por quê?
Não sei mais como continuar assim...