21 de outubro de 2011

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Não tem como lutar contra isso.
Eu tento, mas em cada canto pra onde eu olho eu vejo nós dois... A televisão ligada não prende um minuto da minha atenção, porque na minha cabeça estamos nus... Língua, suor, pele.
E eu tento não ficar pensando, mas o desejo é muito maior.
Se eu fechar os olhos agora, você está sobre mim e eu me agarro ao seu corpo num movimento tão conhecido, tão fácil, mas que muda de intensidade violentamente. E posso me ver jogando a cabeça pra trás, de olhos fechados, mas relutando em ficar assim só pra que eu possa ver seu rosto: também de olhos fechados, lábios separados por um gemido...
No chão você está deitado enquanto eu te prendo em mim. Beijo sua boca, seu pescoço, seu peito... E você faz o mesmo comigo.
Mas eu tento não pensar.
Desligo a tv, vou tomar um banho, mas não resolve.

Agora você está no chuveiro comigo, me beijando, me prendendo num pequeno espaço entre a parede e os seus braços para que eu tenha somente um lugar pra onde ir... Pra você. E você dentro de mim.

Penso que só agora aprendi a diferenciar tesão e desejo.
Meu tesão eu mato sozinha ou com um outro cara.

Mas esse desejo tem seu nome, tem seu gosto.
E ele não passa.

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